O número de portugueses que compra online duplicou em cinco anos. Mesmo assim o Presidente da ACEPI diz que as empresas portuguesas precisam de fazer uma transformação digital.

De acordo com o estudo “Economia Digital em Portugal 2009-2020”, apresentado hoje (22/09/2015) pela ACEPI – Associação da Economia Digital, “mais de um quarto da população” em Portugal “compra na Internet”. O número de portugueses que fazem compras na Internet duplicou nos últimos cinco anos, atingindo os 2,7 milhões. Segundo o estudo, em 2020, o número de compradores portugueses online atingirá os 4,5 milhões. O número de utilizadores de Internet no mercado português cresceu quase 40% entre 2009 e 2014, para 6,9 milhões, estimando-se que em 2020 ascenda a 8,7 milhões de pessoas. “Atualmente, mais de dois terços da população portuguesa utiliza a Internet”, refere o estudo, que é divulgado no âmbito da Semana da Internet em Portugal 2015 (Portugal Internet Week), organizada pela Associação da Economia Digital, presidida por Alexandre Nilo Fonseca. Do total de utilizadores de Internet em Portugal, 40% faz compras na Internet. "A penetração da utilização da Internet em Portugal tem vindo a aproximar-se da percentagem da Europa e espera-se que atinja os 86% em 2020″, lê-se no estudo. Atualmente, a taxa de penetração é de 70%." Relativamente ao comércio eletrónico B2C (entre empresas e consumidores), este quase duplicou em Portugal nos últimos cinco anos: “Em 2014, o volume de negócios ‘online’ atingiu os 2,9 mil milhões de euros e estima-se que em 2020 alcance os 5,4 mil milhões de euros”, refere o estudo, adiantando que os números incluem C2C (entre consumidores). Já o comércio eletrónico entre empresas (B2B) e com o Estado (B2G) mais do que duplicou entre 2009 e 2014, para 45 mil milhões de euros. Estima-se que em 2020 a faturação do comércio eletrónico B2B e B2G atinja os 79 mil milhões de euros. Incluindo todas as formas de comércio eletrónico, o estudo aponta que dentro de cinco anos sejam transacionados online 85 mil milhões de euros em Portugal. “Os compradores ‘online’ em Portugal têm tido uma evolução muito rápida, as pessoas dão cada vez mais valor ao comércio eletrónico”, disse à Lusa Alexandre Nilo Fonseca. “Temos hoje em Portugal uma população muito digital”, beneficiando das “boas infraestruturas” que o país tem, acrescentou. “Na perspetiva dos consumidores, temos bons sinais”, disse. "Entre os produtos mais comprados pelos portugueses na Internet, o destaque vai para os equipamentos móveis, que lideram a lista, seguidos do alojamento, vestuário, viagens e livros." Sobre o método de pagamento, a referência Multibanco é a mais usada pelos consumidores ‘online’, enquanto em termos do valor das vendas “a maior fatia é paga por transferência bancária”, segundo o estudo. O telemóvel inteligente (‘smartphone’) foi o produto de acesso à Internet mais comprado online no passado, representando 62% do total de venda de equipamentos móveis. A grande maioria dos consumidores faz as suas compras no computador (fixo ou portátil), embora quase metade (46%) dos utilizadores afirme que utiliza o telemóvel para fazer compras. O desafio de as PME aproveitarem mais o mercado digital O Presidente da ACEPI disse ainda à lusa que as empresas portuguesas precisam de fazer uma transformação digital nos próximos cinco anos. Um dos grandes desafios do país, considerou Alexandre Nilo Fonseca, é possibilitar que as pequenas e médias empresas (PME) “aproveitem verdadeiramente o digital” e essa deve ser uma aposta “prioritária do Governo”. Isto porque praticamente 70% das empresas portuguesas não está presente na Internet, correspondendo a PME e a microempresas. “É preciso ajudar as PME a virem para a Internet”, considerou, apontando que tal poderá ser feito através dos fundos comunitários 2020, com a aposta na formação e desenvolvimento das empresas. “Grande parte destas empresas [que não estão presentes na Internet] são pequenas e geridas por pessoas que não são digitais”, apontou, salientando que “há uma revolução a fazer” para dotá-las de conhecimento digital, disse, antes de defender que as empresas portuguesas “precisam de fazer uma transformação digital nos próximos cinco anos”. "O grande desafio é como as empresas vão aproveitar as oportunidades [que o digital traz] e o mercado internacional”, salientou."
Considerando que as empresas portuguesas podem ser as “navegantes do século XXI”, recordou que Portugal beneficia do facto de ter um mercado – a Europa -, cujo comércio eletrónico vale cerca de 500 mil milhões de euros, ter a quinta língua mais falada em todo o mundo ou, até mesmo, ser um dos países com muitos licenciados em engenharia informática. Estas são vantagens que as empresas portuguesas devem aproveitar num mundo cada vez mais digital. Alexandre Nilo Fonseca deu o exemplo do setor do turismo, que tem aproveitado a Internet para ser mais competitivo: “O mercado do turismo já viu isso”, agora “os outros setores, como o comércio, têm de apostar na transição para o digital”, no sentido de aumentar a produtividade, competitividade e exportações, sublinhou. De acordo com o estudo, das empresas portuguesas que estão presentes na Internet, a maioria (90%) tem um ‘site’, enquanto as restantes estão presentes em ‘sites’ de terceiros e nas redes sociais. Mais de metade (50%) das empresas portuguesas que operam no retalho e na restauração afirma ter uma loja na Internet. O estudo adianta ainda que mais de dois terços das empresas portuguesas presentes na Internet têm domínio.pt “por serem criados para conteúdos em português e dirigidos ao mercado português”. Relativamente à publicidade ‘online’, 73% afirmam estar presentes através do ‘email’ marketing, a publicidade em redes sociais e nos motores de pesquisa. “As empresas preveem para 2015 um crescimento do orçamento de marketing atribuído ‘online’ a rondar os 60%”, refere o estudo. Atualmente, o orçamento de marketing no digital é de 20% e as empresas estimam que seja de 32%. No ano passado, a população mundial atingiu os 7,2 mil milhões de pessoas, das quais 2,7 mil milhões eram utilizadoras de Internet (38%). De acordo com a ACEPI, os compradores ‘online’ ascendem a 1,1 mil milhões de pessoas, 41% dos utilizadores de Internet. A região Ásia-Pacífico é o maior mercado de comércio eletrónico (B2C), seguida da Europa e da América do Norte, enquanto a China destronou os Estados Unidos e lidera o comércio eletrónico, com o Reino Unido em terceiro lugar. Atualmente, China, Estados Unidos e Reino Unido representam mais de 50% do mercado mundial de comércio eletrónico.
 
Fonte: Agência Lusa
 
O acesso móvel aos sites nacionais continua a aumentar.
27% das páginas dos sites auditados pela Marktest foram acedidas em julho através de equipamentos móveis, mais 2% do que no mês anterior. Nos acessos analisados pelo netScope, em julho, 73% ocorreu em PCs (desktop ou portáteis) e 27% em equipamentos móveis – mas apenas 6% das "pageviews" ocorreu em tablets. Relativamente a julho de 2014, os smartphones ganharam a maior quota (6%), "na mesma proporção em que baixou a quota de PCs, tendo-se mantido inalterada a quota dos tablet", diz a Marktest, considerando que "o valor dos acessos móveis observado este mês corresponde ao valor máximo" desde que este indicador é analisado.
Segundo a Anacom, relativamente ao segundo trimestre deste ano, Portugal contava com 4,8 milhões de utilizadores da Internet em banda larga móvel. Fonte: Computerworld
 
 
Nos primeiros oito meses do ano, foram constituídos mais de 26 mil novos negócios, um crescimento de 10,5%, face ao mesmo período de 2014, revela a Ignios. Os dados de agosto do “Observatório de Insolvências, Novas Constituições e Créditos Vencidos” mostram um ritmo de constituição de empresas mais acelerado do que os registados em igual período dos dois anos anteriores. De janeiro a agosto de 2013 foram criadas 100 empresas por dia. No mesmo intervalo de 2014 surgiram 99 novos negócios diariamente. «Os indicadores económicos positivos, com o PIB a crescer há sete trimestres consecutivos, deixam antever que a confiança dos empresários continue a solidificar-se, pelo que a constituição de empresas deverá terminar o ano acima dos dois anos anteriores», comenta António Monteiro, CEO da Ignios. Por outro lado, os últimos dois meses do ano apresentam um crescimento acumulado de empresas insolventes. Ao longo dos primeiros seis meses de 2015, apesar de uma desaceleração progressiva no ritmo, a evolução das insolvências tinha sido sempre favorável face a 2014, com um pico máximo de -14,7% em janeiro e mínimo de -1,0% em junho. No final de agosto registavam-se 4955 mil entidades insolventes em Portugal, evidenciando um aumento de 2,7% face ao mesmo período do ano passado. Fonte: Ignios

 

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