Uma conclusão do "Inquérito à Utilização de Tecnologias da Informação e da Comunicação nas Empresas 2015" conduzido pelo INE. Este ano, 61% das empresas referiram ter website (+6% que em 2014) e 96% acedem à internet via banda larga. As principais funcionalidades nos websites das empresas são os catálogos ou listas de preços (71%), recrutamento e formulário de candidatura online (22%) e encomenda ou reserva online (17%). A existência de certificação da segurança na plataforma foi indicada por 45% dos inquiridos. A utilização de tecnologia fixa continua a ser o tipo de ligação à internet em banda larga mais comum entre as empresas (referida por 94%), comparativamente à utilização de uma tecnologia móvel (indicada por 68% das companhias). No mobile, 55% acedem via telemóvel, PDA ou smartphone e 53% através de computador portátil. Quanto às aplicações, o INE verificou que 38% das empresas utilizam apps baseadas na internet ou plataformas de comunicação criadas pelas próprias empresas para conectar, criar e trocar conteúdos online, com clientes, fornecedores ou outros parceiros de negócio. Aqui destacam-se as redes sociais, utilizadas por 96% das organizações. Em 2015, 20% das companhias com 10 e mais pessoas ao serviço empregaram especialistas em TIC, situação mais frequente em grandes empresas (75%) do que nas pequenas (14%) e médias empresas (45%). Acrescente-se que 49% possuem uma política formalmente definida relativa à segurança informática. Para a maioria das empresas com política de segurança informática (90%) prevê-se a proteção contra a destruição ou corrupção de dados devido a ataques ou acidentes inesperados. Asseguram ainda a proteção contra divulgação de dados confidenciais devido a ataques de intrusão, pharming, phishing ou divulgação acidental (75%) e contra situações de indisponibilidade de serviços TIC devido a ataques externos
 
Fonte: INE
 
Organizações utilizam uma combinação de diferentes modelos tecnológicos, variáveis consoante o ciclo de vida dos dados. Opção pela Cloud híbrida aumentará nos próximos anos. O estudo "Tendências na gestão de ambientes cloud computing", realizado pela IDC Portugal, aferiu que mais de metade das organizações já procederam à implementação destes serviços em modelo privado, enquanto cerca de metade já adotaram estes serviços em modelo hosting. Em concreto, mais de 42% das empresas nacionais já procederam à contratação de serviços públicos de Cloud computing. "Os serviços de cloud computing deixaram de ser uma opção e passaram a ser uma prioridade tecnológica", sublinha Timóteo Figueiró, Research & Consulting Manager da IDC Portugal. As empresas nacionais já utilizam, atualmente, diferentes modelos de Cloud computing, em conjunto com a sua infraestrutura tradicional. E a sua utilização em simultâneo vai aumentar nos próximos anos, diz a IDC Portugal, segundo a qual há um interesse crescente das organizações nacionais na implementação ou na expansão de serviços de cloud computing, em particular nos próximos 12 meses. A evolução para a adoção de Clouds híbridas deriva da necessidade das empresas recorrerem a diferentes modelos tecnológicos necessários para responder aos requisitos diferenciados dos dados. "Os dados atravessam diferentes fases no decorrer do seu ciclo de vida e os requisitos de latência, desempenho e escalabilidade podem ser distintos consoante a fase do ciclo de vida. Portanto, o modelo de implementação de serviços de Cloud computing mais adequado pode alterar-se no decorrer do ciclo de vida", explica Timóteo Figueiró. Assim, não será de estranhar que 25% das organizações considerem a portabilidade dos dados e das cargas de trabalho como o fator mais importante para o crescimento dos serviços públicos de Cloud computing, atrás da segurança, que ocupa a primeira posição (26%). O crescimento da utilização de serviços de Cloud computing está condicionado pela capacidade de gestão de ambientes híbridos das organizações. Segundo dados de estudos da IDC, cerca de 60% das organizações sublinham a importância de escolher diferentes opções tecnológicas, ter a flexibilidade de migração dos dados consoante as suas necessidades e ter um "broker" dinâmico de serviços de TI, ou seja, um intermediário que as auxilie a selecionar a opção com mais valor em cada momento.
 
Fonte: IDC
 
A nova Segurança Social Direta vai entrar na era dos formulários pré-preenchidos. Qualquer trabalhador, pensionista ou empresa vai poder aceder a dados que constam no histórico. Veja o vídeo que explica como tudo funciona.

 
São mais de um milhão de empresas e mais de três milhões de trabalhadores registados. A partir deste fim-de-semana, todas estas pessoas e empresas passam a ter um novo endereço para guardar nos "favoritos": a nova Segurança Social Direta (SSD). Quem já usou formulários pré-preenchidos, como aqueles que hoje existem no Portal das Finanças, não vai estranhar na hora de inserir ou obter dados relativos a remunerações, descontos, reformas ou baixas no novo serviço online da Segurança Social. «Com a nova plataforma, a SSD passa a estar centrada nas pessoas e nas empresas, em vez de estar centrada na sua forma de funcionamento», explica João Mota Lopes, vogal do Conselho Diretivo do Instituto de Informática, que desenvolveu a nova SSD. A nova SSD vai estrear com uma "arrumação" definida por seis temas: "conta-corrente"; "família", "emprego", "doença", "ação social", e "pensões". Com as funcionalidades que estreiam no fim-de-semana, qualquer beneficiário pode saber quais os descontos que têm sido feitos para a segurança social e as empresas poderão conferir, a qualquer momento, no Sistema de Informação da Segurança Social dados relativos à qualificação ou à taxa contributiva dos trabalhadores enquanto pertenceram aos seus quadros. Inquiridos sobre o que muda com a SSD, os responsáveis do Instituto de Informática dão mais um exemplo: a partir do fim-de-semana, qualquer entidade empregadora pode aceder a todos os dados relativos aos vínculos estabelecidos com os trabalhadores que se encontram nos repositórios da Segurança Social. O que significa que, em poucos cliques, passa a ter acesso à informação relativa a períodos de permanências e local de trabalho, períodos de suspensão ou períodos e taxas de vínculos, entre outros parâmetros que pretenda analisar. O acesso à informação pressupõe a autenticação de cada um dos utilizadores – e é possível recorrer à chave móvel do Cartão do Cidadão. João Mota Lopes define os três objetivos que norteiam a nova SSD: 1) permitir que os diferentes utilizadores usem o novo serviço online numa lógica de self-service que privilegia a autonomia; 2) potenciar a transparência e o acesso à informação que os diferentes utilizadores vão inserindo nos repositórios; e 3) integrar fluxos de informação e reduzir o número de interações exigidas a cada utilizador. Ana Clara Birrento, presidente do Instituto da Segurança Social, enaltece a a simplificação do processo entrega mensal da Declaração de Remunerações através de um único canal, e os ganhos que esse processo poderá ter no que toca à eficiência. Num e-mail enviado para a Exame Informática, a líder do ISS lembra ainda que o crescendo de interatividade com as empresas facilita o tratamento de dados com o enquadramento correto e promove «uma melhoria da qualidade da informação que se traduzirá num maior rigor no apuramento da situação contributiva das Entidades Empregadoras e consequente incremento na cobrança de contribuições e celeridade no pagamento das prestações aos beneficiários». Para acautelar a mudança, vários responsáveis da Segurança Social vão andar em digressão pelo País, com o objetivo de realizar várias sessões de demonstração e esclarecimento junto de profissionais de organismos públicos, gabinetes de oficiais de contas, gestores de empresas e técnicos de recursos humanos. A nova SSD está assente numa plataforma Java que opera na Web, seguindo uma lógica orientada aos serviços disponibilizados aos vários perfis de utilizador. O Instituto de Informática relaciona o lançamento da nova plataforma com os investimentos que têm sido feitos, nos últimos anos, em infraestruturas e tecnologias que permitiram criar um serviço que exige soluções robustas. Os números revelam o que está em causa: durante o primeiro semestre de 2015, foram contabilizadas, em média, 1,2 milhões de autenticações mensais; mais de 370 mil entidades empregadoras fizeram entregas de declarações de remuneração mensais; e a cada mês foram entregues 1,7 milhões de declarações de remuneração; no repositório, deram entrada as declarações de remunerações de mais de três milhões de trabalhadores. Estes números dizem apenas respeito às empresas e trabalhadores que interagiram com a Segurança Social nos últimos seis meses - o sistema tem em repositório dados referentes aos trabalhadores de mais de um milhão de empresas que estão registadas na Segurança Social. A SSD só estreia no fim-de-semana, mas João Mota Lopes já antevê a próxima evolução: «queremos avançar com a interoperabilidade da SSD entre os softwares das empresas».
 
Fonte: Exame Informática
 
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