Portugal ocupa a 14ª posição da mais recente edição do índice digital europeu. As infraestruturas de banda larga, o governo eletrónico e a utilização das TIC entre as empresas são os aspetos que mais contribuem para as notas positivas.

Portugal consegue 0,53 pontos na mais recente edição do ranking de “digitalidade”  da economia e sociedade, face a uma média resultante dos 28 países da União Europeia de 0,52 pontos.

As infraestruturas de banda larga, acessíveis para mais de 90% da população e o governo eletrónico voltam a estar entre os aspetos que mais contribuem para a boa prestação portuguesa. Acrescente-se a digitalização das empresas, com o sector empresarial português a assumir a 2ª posição no que diz respeito à utilização de tecnologias como o RFID e o 5ª na partilha de informação eletrónica dentro das empresas.

Pela negativa, voltam a assumir destaque a falta de competências digitais de metade da população, nomeadamente a baixa utilização dos serviços online, e a falta de especialistas em Tecnologias de Informação.

Da análise à União Europeia no geral destacam-se pela positiva os acessos de alto débito à Internet, assim como a utilização da Internet móvel, que cresceu exponencialmente no último ano, com 69% dos lares europeus a terem pelo menos um membro da família utilizador deste tipo de serviços.

Tal como no caso português, a falta de competências digitais é um problema generalizado na UE, atingindo 45% de todos os cidadãos. O comércio eletrónico é outro dos “calcanhares de Aquiles”, já que só 16,7% das empresas europeias vendem online, na sua grande maioria grandes empresas.

 

Fonte: ACEPI

São várias as medidas que a Comissão Europeia tem vindo a anunciar, em diferentes vertentes, com o objetivo comum de impulsionar o mercado digital na Europa. As mais recentes versam o comércio eletrónico e os conteúdos digitais.

No final do ano passado Bruxelas começava a pôr em marcha a sua estratégia para o chamado Mercado Único Digital anunciando novas propostas relativas aos contratos digitais e direitos de autor.

“Portabilidade transfronteiriça” para consumo de conteúdos digitais noutros Estados-membros que não o país de origem, exceções na cópia privada e maior vigilância relativamente às obras dos artistas distribuídas pela Internet do ponto de vista financeiro foram alguns das matérias tratadas.

Em abril, o executivo europeu anunciava um conjunto de medidas de apoio  à digitalização da indústria e à inovação numa abordagem comunitária “com o objetivo de evitar a fragmentação dos mercados e para usufruir dos benefícios da evolução digital, como a Internet das Coisas”, referia num comunicado.

A coordenação de iniciativas nacionais e regionais, o reforço das parcerias público-privadas na UE, o investimento numa rede pan-europeia de pólos de inovação digital (centros de excelência em tecnologia) e a criação de projetos-piloto de larga escala para reforçar a Internet das Coisas, a produção de tecnologias para smart cities e casas inteligentes, automóveis conectados ou serviços de saúde móvel estão entre as medidas sugeridas.

Do pacote de propostas de abril fazia igualmente parte a adoção de legislação que apoiará a livre circulação de dados e clarificará os direitos de propriedade dos dados gerados por sensores e dispositivos inteligentes; a apresentação de uma agenda para as novas competências necessárias para os empregos da era digital; e a chamada Iniciativa Europeia para a Nuvem.

Globalmente, os planos anunciados permitirão mobilizar mais de 50 mil milhões de euros de investimentos públicos e privados para apoio à digitalização da indústria.

Comércio eletrónico e conteúdos digitais em destaque
Mais recentemente a estratégia de Bruxelas para o Mercado Único Digital passou pela apresentação de propostas legislativas para o comércio eletrónico  e para a modernização da diretiva sobre serviços de media audiovisuais.

O primeiro caso abrange três propostas respetivamente objetivos de acabar com as limitações geográficas (o chamado geoblocking), aumentar a transparência dos preços nas entregas transfronteiriças e reforçar os direitos dos consumidores.

De acordo com a proposta da Comissão Europeia os consumidores de outros Estados-membros devem ter o mesmo acesso que o cliente local, a não ser que haja uma razão válida para não o fazer. No entanto a proposta inclui algumas exceções como os serviços de transportes, serviços financeiros de retalho e audiovisuais.

A atualização das regras dos serviços audiovisuais, por outro lado, pretende criar condições de igualdade entre as emissoras de radiodifusão tradicionais e os fornecedores de serviços online. Neste sentido introduzem-se medidas de reforço da criatividade europeia, com a CE a exigir que as empresas de radiodifusão televisiva continuem a dedicar, no mínimo, metade do tempo de antena a obras europeias e obrigará os prestadores de serviços a pedido a assegurar, no mínimo, uma quota de 20 % de conteúdos europeus nos respetivos catálogos.

A proposta esclarece igualmente que os Estados-membros podem solicitar que os serviços a pedido disponíveis no seu país contribuam financeiramente para os conteúdos europeus. Também procura incluir regras de publicidade mais flexíveis e formas de proteção de menores em serviços como o Youtube ou Netflix semelhantes ao que existem nos fornecedores tradicionais.

Os pacotes propostos pela Comissão terão de ser aprovados pelos 28 Estados-membros, reunidos em Conselho Europeu, e também pelos eurodeputados. Até ao final do ano a Comissão Europeia planeia apresentar mais propostas para o Mercado Único Digital em áreas como a simplificação do IVA, a segurança online e de direitos de autor.

 

Fonte: ACEPI

 

Os dados são da quinta edição do estudo GfK Connected Consumer Index. Dos 78 países analisados, Portugal é o 21º com mais utilizadores conectados no mundo, sendo que os smartphones continuam a ser os equipamentos de eleição.

De acordo com o ranking do GfK Connected Consumer Index, Portugal tem um Connect Consumer Index de 680 (que contrasta com 313 da média global). Em termos de evolução, o país tem vindo a subir no ranking e a distanciar-se da média global: em 2010 apresentava um índice de 127, ocupando o 33.º lugar.

No que diz respeito aos países que detêm a liderança, nos últimos dois anos, Hong Kong e a América do Norte (EUA, Canadá e México) têm permanecido como as populações mais conectadas do mundo.

Além do ranking de países e regiões do mundo com maior índice de conexão, o estudo da GfK detalha os 11 dispositivos mais utilizados: smartphones, tablets, PC móvel, PC desktop, wearables, smart TV, set-top box de TV, consola de videojogos, e-reader, carros conectados e casa inteligente.

"As tecnologias móveis lideram a moda, juntamente com carros conectados, ambos a oferecerem novos benefícios para o consumidor. A tecnologia da casa inteligente é uma oportunidade igualmente significativa, mas a sua adesão deverá ser mais lenta e mais estável em termos da curva de adoção do consumidor", afirma Kevin Walsh, diretor de Tendências e Previsões da GfK.

Fonte: GfK

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