Portugueses gastaram 4,6 mil milhões em compras online
Segundo a ACEPI - Associação da Economia Digital, o e-commerce estar em crescimento: dos 73% dos portugueses que utilizam a internet, 36% realizaram compras online durante o ano passado, gastando 4,6 mil milhões de euros.
De acordo com a última edição do Estudo da Economia Digital em Portugal, desenvolvido pela ACEPI em parceria com a IDC, em 2017 a percentagem de portugueses a utilizar a internet foi de 73% (contra 48% em 2009). Este número deverá aumentar para 91% até 2025. Já no que concerne ao número de portugueses que fizeram compras online em 2017, este valor alcançou os 36% em 2017 (13% em 2009), esperando-se que até 2025 venha a crescer para os 59%. O volume das compras online realizadas pelos portugueses em 2017 situou-se nos 4,6 mil milhões de euros (1,7 mil milhões de euros em 2009), valor que deverá crescer para os 8,9 mil milhões de euros até 2025. Já no que se refere ao volume de negócios efetuado online pelas empresas e pelo Estado em 2017 este valor totalizou os 70 mil milhões de euros (24 mil milhões de euros em 2009), esperando-se que venha a ascender aos 132 mil milhões de euros até 2025.
Apesar de em 2017 se ter verificado uma evolução positiva no valor das compras online feitas em websites portugueses, 50% das compras realizadas online ainda foram feitas fora de Portugal. Estes resultados revelam que ainda existe muito espaço para as empresas portuguesas aumentarem a sua presença na internet e a sua pegada no comércio eletrónico. Assim, em 2016 apenas 27% das empresas portuguesas efetuaram negócios online (9% das microempresas; 25% das pequenas empresas; 36% das médias empresas; e 54% das grandes empresas) e só 17% do seu volume de negócios foi proveniente de clientes no estrangeiro.
"Vivemos um momento crucial de viragem, onde empresas portuguesas têm no comércio eletrónico uma excelente oportunidade para endereçarem mais facilmente um mercado de proporções incomparáveis, que poderá alterar de forma decisiva o equilíbrio da balança comercial digital a favor de Portugal", refere Alexandre Nilo Fonseca, presidente da Direção da ACEPI.
Neste contexto, a ACEPI está a desenvolver o projeto Norte Digital. O intuito é "contribuir para aumentar o nível de digitalização das empresas portuguesas, nomeadamente das PME da região norte, através da realização de um diagnóstico, da criação de um benchmark e identificação dos principais marketplaces", acrescenta.
Em 2018 a ACEPI, através do seu projeto Norte Digital, irá percorrer 20 cidades da região norte com um Roadshow "que visa sensibilizar as empresas para a importância da digitalização do seu negócio, e dará início a um projeto piloto com 50 empresas".
Em 2018 iremos assistir a uma consolidação da realização da experiência do e-commerce, revela a ACEPI, através de vários dispositivos, sendo que a compra pode ser iniciada num dispositivo móvel e concluída num desktop ou vice-versa (showrooming e webrooming). Haverá também uma presença crescente em várias plataformas, através das Apps e das API's.
Quem compra quer poder comprar em todos os canais, da mesma forma, os mesmos produtos e ter ao seu dispor o mesmo tipo de serviços de atendimento, de pagamento e de entrega. Os novos modelos, segundo a associação, são dominados pela capacidade dos retalhistas oferecerem experiências cada vez mais personalizadas, altamente consistentes e coerentes em todos os seus canais aos seus públicos alvo, de modo a conseguirem aumentar os níveis de lealdade dos seus clientes e captarem mais receitas. O que se traduz na necessidade de apostar em plataformas escaláveis e abertas e na presença em múltiplos canais, no momento certo, no local certo Optichannel.
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Fonte: IT Channel