Que impacto terá a inteligência artificial nas organizações?

on quarta, 01 março 2017. Posted in Economia, Recursos Humanos

O debate chegou à arena política francesa: a inteligência artificial deverá em breve ter implicações nas organizações, com a substituição de postos de trabalho que até aqui eram ocupados por pessoas.

O candidato socialista à Presidência da República francesa, Benoît Hamon, colocou recentemente o tema em cima da mesa, ao revelar que pretende taxar os robots como forma de colocar mais dinheiro nos cofres do Estado e financiar medidas de proteção social.

A inteligência artificial é, na verdade, uma realidade cada vez mais tangível no seio das organizações, devendo representar um mercado de 5 mil milhões de dólares já em 2020, com mais de 6 mil milhões de dispositivos conectados em 2020.

Também em janeiro deste ano, uma companhia de seguros japonesa iniciou uma nova era na história do trabalho, ao anunciar que irá despedir 34 dos seus trabalhadores para os substituir por inteligência artificial, graças a um software da IBM – Watson Explorer – que tem a capacidade de executar tarefas de registo e classificação de dados dos clientes, permitindo gerar ganhos na produtividade de cerca de 30%.

Os números? Esta solução tecnológica irá custar à empresa cerca de 1,6 milhões de dólares, enquanto os salários destes trabalhadores representavam para a empresa um custo anual de 1 milhão de dólares, o único argumento que a companhia precisou para avançar com o processo.

E se para já a aplicação da inteligência artificial é apenas na substituição de tarefas repetitivas que até aqui eram executadas por humanos, em breve a tecnologia poderá ser usada para muito mais. Moshe Vardi, professor da Universidade Rice, em Houston, nos EUA, defende que cerca de metade da população mundial terá que mudar de emprego nos próximos 30 anos devido ao advento desta tecnologia.

Já Matt Gould, diretor de estratégia da Arria NLG, acredita que esta tecnologia está longe de matar os empregos dos trabalhadores de áreas do conhecimento. Irá, isso sim, libertá-los das tarefas repetitivas para que estes possam preocupar-se com o que realmente interessa: “inovar e afinar e melhorar os seus negócios”.

É também já muito claro que a ascensão da inteligência artificial vai forçar as empresas a recrutar pessoas que possam gerir e trabalhar na reconfiguração de diferentes modelos de negócio. Mas estaremos preparados?

 

Fonte: Abilways Digital

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