Big Data VS Business Intelligence

Atualmente vivemos uma revolução na área de geração e armazenamento de dados, a qual pode ser explicada a partir da presença e uso de dispositivos móveis e de outros tipos de tecnologias.

Mas para quê tantos dados? Por que motivo é tão importante armazená-los? E o que é que eles nos trazem de valioso? É aqui que entra o conceito Big Data.

Trata-se de informações que bombardeiam empresas e organizações diariamente, e que impactam os seus negócios. No entanto, o que deve ser levado em consideração não é o volume de dados, mas sim o que pode ser feito com eles.

O armazenamento de dados tem o objetivo de transformar dados simples, informações soltas, em algo verdadeiramente relevante para a empresa a partir de uma visão mais ampla e estratégica dessas informações.

Essas informações, geralmente, são provenientes de base de dados, mas também podem ter origem em diversas outras fontes, tais como pesquisas, internet, comportamentos, sistemas, redes sociais, campanhas, sites, ou noutro qualquer lugar que apresente volume de informações.

A geração e armazenamento de dados é uma prática que acontece desde que a humanidade existe, mas foi com o avanço da tecnologia no tratamento das informações que surgiu o que conhecemos, hoje, como Big Data.

Mais importante que armazenar dados é saber quais são as suas utilidades, e de que forma a empresa pode utilizá-los para melhorar os seus negócios.

Descobrir o que os clientes querem e quais são as suas necessidades é exatamente o que consegue saber, e desta forma, tornar estratégias melhor direcionadas.

Assim, uma das formas de entender o potencial cliente é reunir informações sobre ele, dados que podem ser trabalhados, analisados e cruzados a partir do Big Data, com o intuito de gerar informações úteis e ricas para a estratégia da organização.

Podemos desconstruir Big Data a partir dos 5 V’s: Volume dos dados | Velocidade | Variedade | Veracidade | Valor.

Conhecendo os 5 V’s do Big Data, consegue perceber o quão complexo este sistema é. E mais importante do que entendê-lo é saber, na prática, como utilizá-lo.

Com todas as tecnologias que temos e com as inovações que estão por vir, saber trabalhar com Big Data será fundamental, e as empresas já têm despertado para a importância de trabalhar dados. Data é o novo petróleo!

Com o avanço da tecnologia e necessidade cada vez maior de informação, o uso do Big Data só terá controlo com a implementação de leis para restringir a detenção e uso de informações pessoais.

Qual é o Potencial do Big Data?

É muito difícil mensurar o potencial do Big Data. Porque, de certa forma, ele é infinito: depende do alcance da nossa criatividade.

Apesar de gerarmos hoje uma quantidade infindável de dados, as oportunidades de coleta estão em constante expansão.

Atualmente, os dados são muito usados para monitorizar ações e interações de utilizadores e, assim, reconhecer padrões de comportamento.

É útil para planear campanhas de marketing, criar novos produtos, posicionar melhor os produtos, qualificar a experiência do utilizador, entre outras ações.

O valor principal do Big Data não vem dos dados armazenados de forma bruta, mas sim da capacidade de interpretação que ele possibilita.

E entre o seu grande valor, está o de possibilitar o acompanhamento de absolutamente tudo o que acontece dentro de uma empresa.

Não apenas com os colaboradores, mas também com os clientes.

Imagine que determinado número de clientes começa a deixar de cumprir com as suas obrigações de pagamentos pelos produtos ou serviços adquiridos. A incapacidade de reunir tais informações colocaria a empresa em perigo real, até mesmo numa possível falência.

Ter um acompanhamento atualizado periodicamente permite à administração saber quem está a incumprir, cortar facilidades imediatamente e diminuir assim parte dos riscos financeiros da empresa.

O Big Data tem potencial para melhorar muitas áreas, como: Serviços, Produtos, Infraestrutura, Gestão Financeira, Meio ambiente, etc.

Como aplicar o Big Data na sua organização?

1. Invista na cultura

As organizações que colhem os melhores resultados com o Big Data são aquelas que criam uma cultura data driven, ou seja, orientada por dados.

Isso quer dizer que usam dados para apoiar a tomada de decisão e transformam isso numa premissa, numa mentalidade presente em todos os setores da organização.

2. Planeie o conceito

Dedique algum tempo para responder às perguntas básicas. Por exemplo, quais são os desafios e oportunidades da empresa, e como o Big Data ajuda a encará-los?

A partir daí, defina áreas e atividades prioritárias que serão mais impactadas com a tecnologia e, consequentemente, trarão maiores resultados.

3. Capacite os seus colaboradores

Em vez de apenas contratar profissionais especializados nas tecnologias do Big Data e análise de dados, é uma boa prática oferecer a todos os seus funcionários a oportunidade de aprender sobre a área.

Vale a pena ter uma equipa de TI altamente especializada, mas melhor ainda é descentralizar o conhecimento, contando com profissionais que entendem sobre Big Data em cada setor, o que aumenta a capitalização da tecnologia na empresa.

4. Planeie a ação

O modo como uma empresa funciona depende dos seus processos. E a implantação do Big Data requer criação de novos processos.

Só assim a cultura data driven será vantajosa, ou seja, o uso de dados não será uma onda passageira, mas sim uma nova maneira de fazer as coisas dentro da organização.

5. Teste e ajuste

Nem tudo vai funcionar perfeitamente à primeira. Ao perceber que a estrutura da equipa ou os processos criados não fluem com a harmonia esperada, faça ajustes.

6. Promova a melhoria contínua

A fase de observação sobre ajustes é mais intensa no início, mas na verdade nunca termina.

Haverá sempre o que melhorar, portanto, a empresa precisa também de processos robustos de revisão, feedback e planeamento.

Big Data vs Business Intelligence

O Business Intelligence (BI) e o Big Data são complementares, mas não são a mesma coisa.

O BI trabalha antes do Big Data, pois possibilitando depois a captação dos dados.

Business Intelligence foca as funções de captação, interpretação e disponibilização de dados para geração de novas diretrizes das empresas.

Também trabalha com dados existentes, detetando as melhores oportunidades e é muito útil quando conjugado com perguntas que dispõem de respostas certas.

Por ser mais específico, é mais utilizado nos negócios.

Já o Big Data trabalha no processamento de dados estruturados ou não, assim como as possibilidades de denominadores comuns após o cruzamento dos dados.

Por contar com essa característica, analisa o que existe e o que ainda está por vir, apontando para novos caminhos.

A sua utilização deve ocorrer quando a organização quer explorar novas possibilidades, padrões e perguntas que ainda podem não ter sido identificadas.

Trabalha em qualquer segmento, como saúde, ensino, retalho, entretenimento, entre outros.

A única função da organização é saber como reunir tais informações de forma eficaz para tornar possível as análises.

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